Abstracts
Résumé
Comment évaluer les compétences ? Que sont les compétences ? Selon la définition classique, elles renvoient à des catégories de situations. Mais ce concept n’a guère été opérationalisé. Quand les enfants sont confrontés à la résolution d’un problème complexe, est-il encore pertinent de conserver le concept de compétence et si oui, quelle signification faut-il lui donner ?
En accord avec les idées proposées par Brown, Collins & Duguid (1989), mais aussi par Resnick & Klopfer (1989) ainsi qu’avec les études cognitives sur la résolution de problèmes, nous faisons l’hypothèse que la maîtrise de la procédure spécifique adéquate n’est pas suffisante pour résoudre des problèmes complexes dans lesquels cette procédure doit être maîtrisée. La capacité des élèves à construire une représentation correcte du problème mais aussi leurs aptitudes à surmonter la surcharge cognitive sont cruciales.
L’étude empirique présentée ici a été conçue pour étudier cette hypothèse. Quelques concepts mathématiques (mesure de la distance et volume, échelles, estimation du temps) ont été évalués dans différents contextes sur un large échantillon d’élèves belges de 11 et 12 ans (N = 1 436). Une partie des épreuves d’évaluation porte sur les connaissances déclaratives ; d’autres parties concernent les connaissances procédurales.
L’étude montre que certaines connaissances procédurales complexes maîtrisées par certains élèves ne sont pas utilisées dans une situation qui exige une coordination de procédures. Ces constats sont discutés sous l’angle du difficile thème de l’évaluation des compétences mais également de la maîtrise d’une régulation métacognitive. Enfin, les auteurs se prononcent en faveur d’une évaluation du processus métacognitif en tant qu’une des composantes intégrées de l’évaluation des compétences.
Mots-clés :
- Évaluation des compétences,
- résolution de problèmes,
- problèmes complexes,
- processus métacognitif
Abstract
How to evaluate competencies? But also, what are exactly competencies? According to classical definition, their are related to categories of situations. But this concept has never been operationalised. When children are confronted with a complex problem to solve, is it still relevant to conserve the concept of competencies and, if so, with what meaning?
In agreement with the ideas proposed by Brown, Collins & Duguid (1989), but also by Resnick & Klopfer (1989) and all the cognitive studies on problem solving, we hypothesize that the mastery of the adequate procedure is not sufficient for solving complex problems in which the mobilization of this procedure is requested. The ability of the children to construct an adequate representation of the problem, but also their aptitude to cope with the knowledge overload are crucial.
The empirical study presented in this paper has been designed in order to document this hypothesis. Some mathematical concepts (measurement of distance and volume, "traduction d’échelles", estimation of time) have been assessed in various contexts with a large sample of 11/12 years-old Belgian children (N = 1 436). Some parts of the assessment test are related to declarative knowledge ; other parts to procedural knowledge. The reported investigation indicates that some complex procedural abilities are mastered by some pupils, but not used in situation in which it is relevant to articulate some of these operations.
These findings are discussed in regard of the difficult issue of competencies assessment, but also in regard of the mobilization of meta-cognitive regulation. Finally, the authors argue in favor of the assessment of the meta-cognitive process as an integrated component of the competencies evaluation.
Keywords:
- Competencies assessment,
- problems solving,
- complex problems,
- meta-cognitive process
Resumo
Como avaliar as competências ? O que são competências ? De acordo com a definição clássica, elas reenviam para categorias de situações. Mas este conceito praticamente não tem sido operacionalizado. Quando as crianças são confrontadas com a resolução de um problema complexo, é ainda pertinente conservar o conceito de competências e, se sim, que significado é necessário atribuir-lhe?
De acordo com as ideias propostas por Brown, Collins e Duguid (1989), mas também por Resnick e Klopfer (1989) assim como com os estudos cognitivos sobre a resolução de problemas, avançamos a hipótese que o domínio do procedimento específico adequado não é suficiente para resolver problemas complexos nos quais este procedimento deve ser mobilizado. A capacidade de os alunos construirem uma representação correcta do problema, mas também as suas atitudes para ultrapassar a sobrecarga cognitiva são cruciais.
O estudo empírico aqui apresentado foi concebido para estudar esta hipótese. Alguns conceitos matemáticos (medida da distância e volume, escalas, cálculo do tempo) foram avaliados em diferentes contextos, junto de uma grande amostra de alunos belgas de 11 e 12 anos (N = 1 436). Uma parte das provas de avaliação incide nos conhecimentos declarativos; outras partes dizem respeito aos conhecimentos procedimentais.
O estudo mostra que determinados conhecimentos procedimentais complexos dominados por alguns alunos, não são utilizados numa situação que exige uma coordenação de procedimentos. Estas constatações são discutidas à luz do difícil tema da avaliação das competências, mas igualmente da mobilização de uma regulação metacognitiva. Finalmente, os autores pronunciam-se favoravelmente por uma avaliação do processo metacognitivo enquanto uma das componentes integradas da avaliação das competências.
Palavras chaves:
- Avaliação das competências,
- resolução de problemas,
- problemas complexos,
- processo metacognitivo
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